A Rua Godofredo Viana é uma via que inicia na Rua Cândido Benício e termina na Avenida Nelson Cardoso ligando os bairros do Tanque e Taquara. Anteriormente conhecida como Caminho do Sapê, ganhou sua atual denominação em 24 de novembro de 1934 para homenagear Godofredo Mendes Viana.
Godofredo Mendes Viana nasceu em Codó, no Maranhão, no dia 14 de junho de 1878. Filho do desembargador Torquato Mendes Viana e de Joaquina de Pinho Lima Mendes Viana. Na época de seu nascimento, seu pai era juiz de Direito da cidade. Era casado com Joviliana Mendes Viana, com quem teve dois filhos.
Estudou no Liceu Maranhense, em São Luís, onde fez o ensino primário e secundário e, após a conclusão, seguiu para Salvador (BA) para ingressar na Faculdade Livre de Direito da Bahia onde bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais em dezembro de 1903.
Em 1905 foi nomeado promotor público em Alcântara (MA), e em seguida, se tornou juiz municipal nessa cidade e juiz federal substituto em São Luís, funções que exerceria até 1918.
Jurista na verdadeira expressão do termo, Godofredo Viana produziu diversas obras nesse ramo do saber, a exemplo de “No país do Direito” (São Luís: Imprensa Oficial, 1914), além de haver redigido o Código de Processo Civil e Comercial e o Código de Processo Criminal do Estado do Maranhão.
Foi membro fundador da Academia Maranhense de Letras – AML, em 1908, onde assumiu a cadeira nº 15.
Governou o Maranhão de 1923 a 1926, havendo realizado administração operosa, que lhe possibilitou implantar, em bases modernas, os serviços de abastecimento de água, luz e esgoto de São Luís. Exerceu ainda o mandato de Senador da República, onde integrou a Comissão de Finanças e elaborou parecer sobre o Ministério das Relações Exteriores em 1928. Exerceu o mandato até 1929.
Foi eleito, em maio de 1933, deputado pelo Maranhão à Assembleia Nacional Constituinte na legenda da União Republicana Maranhense e foi empossado em novembro de 1933, em junho seguinte foi designado membro da Comissão de Redação da Constituição, juntamente com os deputados Raul Fernandes e Homero Pires. No final do mês a comissão apresentou à Assembleia o resultado de seu trabalho, acompanhado de uma exposição pormenorizada dos critérios seguidos na elaboração do texto.
Em 16 de julho de 1934, foi promulgada a nova Carta. No dia seguinte os constituintes elegeram Getúlio Vargas presidente da República e logo após tiveram seus mandatos estendidos até maio de 1935.
Em outubro de 1934 Godofredo Viana foi mais uma vez eleito deputado federal pelo Maranhão, ainda na legenda da União Republicana Maranhense. Permanecendo na Câmara, foi presidente da Comissão de Diplomacia e Tratados e membro das comissões de Legislação, de Justiça e de Finanças — como relator do orçamento do Ministério das Relações Exteriores — e da Comissão Especial do Código Criminal e da Lei das Falências.
Com o golpe do Estado Novo em novembro de 1937, teve o mandato interrompido em virtude da dissolução dos órgãos legislativos do país. Nesse mesmo ano, tornou-se distribuidor da Justiça Federal no Rio de Janeiro, então Distrito Federal.
Exerceu outros cargos na magistratura do Maranhão e do Distrito Federal e foi procurador-geral e depois provedor da Santa Casa de Misericórdia do Maranhão. Foi professor de direito público constitucional da Faculdade de Direito da Bahia.
A par de numerosos trabalhos de natureza diversa e de copiosa colaboração em jornais e revistas, publicou, no campo da literatura, os livros: Terra de ouro (evocações históricas). Rio de Janeiro: Calvino Filho, 1935; Ocasião de pecar (romance sob a forma de missivas a um destinatário fictício, e subintitulado Cartas Frívolas). Rio de Janeiro: José Olympio, 1939, e o romance Por onde Deus não andou (Rio de Janeiro: José Olympio, 1946), de publicação póstuma, reeditado em 2008 (volume 5 da Série Fundadores, coleção Publicações do Centenário).
Godofredo Viana faleceu no Rio de Janeiro no dia 12 de agosto de 1944.