Jacarepaguá é um bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Em Tupi significa YACARÉ-UPÁ-QUÁ, “Baixa ou Vale dos Jacarés” ou “lagoa rasa dos jacarés”, dependendo do autor de referência. Em 1594, o governador Salvador Correia de Sá doou a região como Sesmaria a seus dois filhos, Martin Correia de Sá (área do Arroio Pavuna no Maciço da Tijuca) e Gonçalo Correia de Sá (o restante até Vargem Grande e Guaratiba).
Em 6 de março de 1661, o governador João Correia de Sá criou a freguesia de Nossa Senhora de Loreto e Santo Antonio de Jacarepaguá, que seria a quarta do Rio de Janeiro. A sede inicial dessa freguesia foi a Capela da Fazenda do Capitão Rodrigo Veiga – a Igreja Matriz de N. Srª. do Loreto foi construída pelo padre Manoel de Araújo. Martim de Sá, Visconde de Asseca, fundaria sua casa no Engenho D’água com a capela de N. Sra. da Cabeça e Gonçalo de Sá ergueria o Engenho do Camorim, junto com a Capela de São Gonçalo do Amarante (de 1625), existente até nossos dias. Outros colonizadores se estabeleceriam: Tomás Faleiro fundou o Engenho de Fora, Miguel São Payo, o Engenho do Rio Grande, Antonio Teles de Menezes, o Engenho da Taquara, onde ergueu a Capela de Santa Cruz em 1738.
Havia também o Engenho Novo da Curicica, alvo de contenda dos filhos de Francisco Teles Barreto de Menezes, cuja família possuía vastas extensões de terra em Jacarepaguá. No decorrer do século XVIII, a região era conhecida como a “Planície dos Onze Engenhos”, pela intensiva produção açucareira. No século XIX, o café seria cultivado em novas fazendas, aproveitando o solo fértil dos antigos engenhos. Outras fazendas se destacavam, como a do Cafundá, Valqueire, Cantagalo, Covanca, o Engenho da Serra (de Joaquim Sequeira Tedim Filho), a fazenda do Quitite (de Marcos Delesderrier), etc.
Em 1885 foi inaugurado o cemitério de Jacarepaguá no Pechincha.
As principais estradas de Jacarepaguá eram a estrada da Freguesia (atuais Cândido Benício e Geremário Dantas), a da Taquara (atual Nelson Cardoso), a do Tindiba, do Camorim, a da Pavuna ou de Guaratiba (atual Bandeirantes), a do Cafundá, da Covanca, do Catonho, do Rio Grande, do Inácio Dias, a dos Três Rios, a antiga da Tijuca ou do Anil (atual Jacarepaguá), a da Estiva, do Gabinal, do Capão, do Pau Ferro, entre outras.
Jacarepaguá possuía cinco pequenos núcleos rurais – o do Engenho de Fora (depois Vila Albano), o do Pechincha, o do Tanque, o da Taquara e o da Freguesia – que, lentamente, foram se desenvolvendo, até esses quatro últimos se tornarem bairros independentes na década de 1980.
Em 1875, foi inaugurada a Companhia Ferro-Carril de Jacarepaguá, de Etiene Campos que ligava Cascadura ao Largo do Tanque por meio de tração animal. Mais tarde foi estendida à Taquara e à Freguesia, interligando as diferentes localidades, até que, em 1911, os bondes foram eletrificados.
O Prefeito Prado Junior melhorou os acessos a Jacarepaguá, modernizando a estrada de Jacarepaguá, que juntamente com a do Itanhangá, interligaria o bairro com a Barra da Tijuca. A construção da estrada Grajaú-Jacarepaguá (atual Menezes Cortes) – iniciada nos anos de 1940 e concluída na década de 1950 – viria a facilitar o acesso à Zona Norte e o centro da Cidade, o que foi finalmente consolidado em 1997, com a inauguração da “Linha Amarela” (av. Governador Carlos Lacerda), uma via expressa que interliga a Barra da Tijuca e Jacarepaguá à Avenida Brasil, atravessando a Serra dos Pretos Forros pelo túnel da Covanca, com 2.187 metros de extensão.
Dados da região:
– Total da População (2010): 15.7326
– Total de Domicílios (2010): 60.683
– Feminino (2010): 67.622
– 1 banheiro (2010): 37.821
– Área Territorial (2018): 7.579,65 ha
– RA: XVI – Jacarepaguá
Fazem parte da mesma Região Administrativa os bairros Anil, Curicica, Freguesia, Gardênia Azul, Pechincha, Praça Seca, Tanque, Taquara e Vila Valqueire.
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