Freguesia é um bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ponto final de uma das duas linhas de bonde do bairro é a antiga Porta D’Água, um dos pontos geradores do desenvolvimento da região. O nome designava um dos três rios que ali se encontram e que acabaram por dar nome a uma das estradas principais da localidade. Escoadouro das águas vindas da serra limítrofe com o Engenho Novo de Jacarepaguá, o rio Porta D’Água era, no inicio do século, navegável em todo o seu curso pela planície e contava, nos trechos mais altos, com diques e comportas que lhe valeram o nome.
Reunia o curso dos rios Cigano, Olho d’Água e Fortaleza, nascidos na serra dos Três Rios e após atravessar a Freguesia, hoje sob a denominação de rio Sangrador, recebia as águas do córrego da Panela e dos rios São Francisco e Anil, indo desaguar na lagoa de Camorim. Como Porta D’Água ficou conhecida a área hoje compreendida entre o local em que se encontram a estrada Velha de Jacarepaguá, a rua Ituverava e a estrada de Uruçanga, até a praça Professora Camisão e a esquina da estrada dos Três Rios com a avenida Geremário Dantas.
O nome de Freguesia, com que popularmente a localidade passou a ser chamada, decerto deriva da localização da igreja de Nossa Senhora do Loreto, matriz da freguesia de Jacarepaguá. A influência desta localidade se estendeu por uma área ampla e variada: a vizinhança do Engenho D’Água, pelo caminho do Portinho da Gabinal, a estrada dos Três Rios e as vertentes da serra do mesmo nome, a parte mais alta da estrada do Pau Ferro, e a localidade do Anil, na estrada Velha que ligava a Freguesia ao Itanhangá, às ilhas das lagoas costeiras e às praias da Barra da Tijuca.
Em 1616, nas imediações do Engenho D’Água, surgiu o primeiro núcleo de ocupação de Jacarepaguá, no lugar também conhecido como Porta D’Água, que hoje chama-se Largo da Freguesia. Com a ocupação se acentuando, uma parte das terras foi desmembrada em foros, para incentivar seu desenvolvimento. Em uma das novas propriedades que floresceram, o dono, Padre Manuel de Araújo, ergueu no alto de um penhasco, chamado Pedra do Galo (morro da Freguesia), a Capela de Nossa Senhora da Pena.
Com a crescente ocupação da sua propriedade e constatando que suas atividades e desenvolvimento econômico, os locais estavam praticamente assegurados, o padre propôs a emancipação do lugar, efetivada em 6 de março de 1661. Foi criada, assim, a freguesia de Nossa Senhora do Loreto de Jacarepaguá, a quarta da Cidade, separada da antiga freguesia de Irajá. Em 1664, o padre construiu nela a Igreja-Matriz, com o mesmo nome da Capela.
Dados da região:
– Total da População (2010): 70.511
– Total de Domicílios (2010): 26.741
– Feminino (2010): 34.939
– 1 banheiro (2010): 11.338
– Área Territorial (2018): 1.032,84 ha
– RA: XVI – Jacarepaguá
Fazem parte da mesma Região Administrativa os bairros Anil, Curicica, Gardênia Azul, Jacarepaguá, Pechincha, Praça Seca, Tanque, Taquara e Vila Valqueire.
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